Elemento de uma Liderança Aprovada

09/01/2011 15:21

Todo crente é um sacerdote, mas você como líder de célula precisa ter a revelação disso mais que os outros, pois você tem sido colocado em uma posição muito especial.
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, não santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daqueles que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”(1Pe 2.9)
Nesse texto, vemos algumas afirmações extraordinárias. Somos uma raça eleita. Isso significa que fomos escolhidos por Deus. No meio de muitos, Deus escolheu você. É um privilégio indescritível ser escolhido por ele. Além disso, agora somos outra raça.
Falando de maneira espiritual, só existem duas raças na Terra; a raça do primeiro Adão e a raça do ultimo Adão, é que Cristo. A raça do primeiro Adão é chamada “alma vivente”, mas aqueles que estão em Cristo fazem parte da nova raça que é chamada “espírito vivificante”.
Somos sacerdócio real, ou seja, você foi feito sacerdote na Casa de Deus e ainda está na linhagem real, apto para ocupar o trono durante o reino.
Somos nação santa. Você pode até pensar que é brasileiro, mas você pertence a outra nação. De maneira natural, você é brasileiro, mas de maneira espiritual, você é de outra raça. Somos da raça do Senhor Jesus. Assim como Ele é, nós também seremos um dia e, de onde Ele é, nós somos também. Somos celestiais.
Certa vez, fazendo um curso nos Estados Unidos, pude viver por alguns dias com irmãos de diversas partes do mundo. Foi interessante ver como cada um deles era fisicamente diferente, cada um com seu próprio idioma, mas quando eles nos cumprimentavam dizendo: “A paz do Senhor seja com você”, algo dentro do nosso espírito explodia. Você sente que tem o mesmo espírito. Apesar de cada um ter nascido em um pais diferente, nós pertencemos à nação santa do Senhor Jesus aqui na Terra.
“Somos povo propriedade exclusiva de Deus” – isso significa que você é de uso exclusivo. Só Deus, que é o proprietário e o Autor, tem autoridade sobre a sua vida agora, porque você é propriedade exclusiva dele.
Mas tudo isso é com um propósito. Para que estamos aqui como líderes? “A fim de proclamardes as virtudes daqueles que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9). Nós fomos chamados, separados, escolhidos para proclamarmos as virtudes do nosso Deus. Estamos aqui com um propósito: proclamar.
Cada um de nós recebeu um deposito em Deus, Você, como líder, carrega a benção de Deus para as boas obras. O texto nos mostra claramente que você é de um povo diferente, de uma raça diferente, e por isso foi chamado para compartilhar esse benção onde quer que você esteja. É por isso que multiplicamos células, porque somos sacerdotes chamados para proclamar as virtudes do Senhor.
AS VESTES SACERDOTAIS
Hoje somos sacerdotes do Novo Testamento, mas podemos tomar o sacerdócio do Velho Testamento como um símbolo daquilo que hoje desfrutamos na realidade do Espírito.
Em Levítico 8.1 a 10, lemos a respeito da consagração de Arão e seus filhos. Tal consagração nos mostra os elementos de uma liderança aprovada. Isso é tipificado pelas vestes e pela unção de Arão.
Em êxodo 28. 1-4 vemos que os sacerdotes deviam usar um tipo especial de veste: “Farás vestes sagradas para Arão, teu irmão, para glória e ornamento”.
Aqueles líderes que foram comissionados por Deus precisam estar vestidos de glória e beleza. A glória é o próprio Deus e a beleza é manifestação em nós do caráter de Cristo. Se quisermos receber a unção de Deus que nos capacita para desempenhar o serviço na Sua Casa, devemos antes ter em nós essas vestes de glória formosura.
“E vestiu da túnica, cingiu-o com o cinto, e pôs sobre ele a sobrepeliz (manto), também pôs sobre ele a estola sacerdotal, e o cingiu com a faixa da estola sacerdotal, e com ela lho apertou.” (Lv 8.7)
Vejamos o significado espiritual de casa uma dessas peças da roupa sacerdotal.
1. A túnica de linho finíssimo – caráter justo
O linho finíssimo refere-se aos atos de justiça dos santos (Ap 19.8). Essa túnica de linho finíssimo aponta para o caráter santo e irrepreensível dos servos de Deus.
Quando fomos salvos, Cristo se tornou a nossa veste de justiça porque fomos revestidos dEle. Hoje, porém, tecemos a nossa túnica com nossos atos de justiça. A túnica é a nossa integridade diante de Deus e dos homens.
A falta de um caráter forte pode destruir a unção de um líder. Ninguém pode ir além das limitações do seu caráter. Homens ungidos podem se sentir superiores e buscar privilégios especiais. O caráter os ajuda a ter bom senso. A unção tem potencial para fazer a diferença, mas o caráter realmente faz a diferença.
2. O cinto – firmeza para seguir o mover
Quando o povo de Israel estava para sair do Egito, o Senhor mandou que eles partissem com os lombos cingidos. “Cingir os lombos” significa a ter uma atitude de firmeza. Antes éramos frouxos, mas, como líderes nos tornaram firmes e equipados. Um líder nunca deve ter uma atitude frouxa, mas deve sempre manifestar a firmeza daquele que foi separado por Deus.
O cinto também mostra que o sacerdote é um soldado que deve sempre estar pronto para combate. Baseado em Efésios 6.14, estar cingido nos lombos é estar revestido da verdade e da justiça.
Além disso, o cinto era para que eles estivessem firmeza no andar, a fim de acompanharem o mover de Deus. Hoje, muito mais, cada líder de célula deve estar cingido como um soldado acompanhando o que Deus está realizando na Terra em nossa geração.
3. A sobrepeliz ou manto- prontidão para a batalha.
“Farás também a sobrepeliz da estola sacerdotal toda de estofo azul.” (Êx 28.31)
A sobrepeliz era de cor azul. Isso indica que, apesar de vivermos na terra, estamos lidando com coisas celestiais. Em nossa célula, cada vez que nos reunimos, há uma escada colocada ligando a Terra ao céu. Servimos na Terra, mas nossa natureza é do céu.
A sobrepeliz tinha uma abertura para a cabeça e ela cobria todo o tórax exatamente como as couraças dos cavaleiros da Idade Média. Isso mostra que, enquanto servirmos como sacerdotes, estamos na verdade envolvidos em uma tremenda batalha espiritual. A liderança na Casa de Deus exige perseverança e labuta.
4. A estola Sacerdotal – oração
Em 1 Samuel, lemos que Davi, querendo saber a vontade de Deus, pediu a Abiatar que lhe trouxesse a estola sacerdotal:
“Disse Davi a Abiatar, o sacerdote, filho de Aimeleque: Traze-me aqui a estola sacerdotal. E Abiatar a trouxe a Davi. Então, consultou Davi ao Senhor.” (1Sm 30.7;8)
Depois disso, Deus veio e deu a orientação para a peleja. A estola, portanto, é uma peça que mostra uma das principais funções do sacerdote: orar, queimar incenso na presença de Deus. A respeito dos sacerdotes se diz: “Filhos meus, não sejais negligentes, pois o Senhor vos escolheu para estardes diante dele para o servirdes, para serdes seus ministros e queimardes incenso.” (2 Cr 29.11). Fomos escolhidos por Deus para estarmos diante dEle e queimarmos incenso. O incenso é um símbolo da oração (1Cr 23.13). Um líder que não ora pela sua célula não está vestido da autoridade sacerdotal.
O sacerdote não é aquele que vai a presença de Deus por seus próprios interesses, mas por todas aquelas pessoas que Deus confiou a ele. O líder de célula é aquele que assume a responsabilidade de interceder pela a sua célula, mas também pelos vizinhos não convertidos de sua região. Quando o líder assume a sua função sacerdotal, as forças do inferno são quebradas. Mas ele não deve ser um sacerdote sozinho, mas levar cada membro a entender que o sacerdócio é de todos os santos.
5. O peitoral e as ombreiras - encargo e amor.
O peitoral e as ombreiras formavam uma só peça. Nas ombreiras, havia pedras de ônix, e nelas gravados os nomes das dozes tribos de Israel, seis de cada lado.
“Tomaras duas pedras de ônix e gravaras nelas os nomes dos filhos de Israel: seis de seus nomes numa pedra e os outros seis na outra pedra, segundo a ordem do seu nascimento. E porás as duas pedras nas ombreiras da estola sacerdotal [...]; e Arão levará os seus nomes sobre ambos os seus ombros, para memória diante do Senhor.” (Êx 28.9-12)
O sacerdote levava o nome das dozes tribos nos ombros e no peito. Essa é ainda uma ilustração que o líder da célula deve levar o peso dos irmãos na presença de Deus. Os ombros nos falam de encargo.
Mas não era somente nas ombreiras que o sacerdote tinha gravado o nome das dozes tribos. Também no peitoral havia doze pedras com os nomes das dozes tribos (Êx 28.17-21). Isso significa que na vida da Igreja, cada líder de célula precisa levar os irmãos nos ombros e no peito.
O peito é o lugar que se refere ao amor, onde as mães colocam seus filhos para lhes dar segurança e proteção. E os ombros nos falam de carregarmos os fardos espirituais até que todos cheguem a estatura do varão perfeito.
É isso que se espera de um verdadeiro líder de célula. Que ele carregue os irmãos no peito e nos ombros. Que tenha amor e encargo. Somente lideres assim conquistam autoridade. Paulo diz que pesava sobre ele continuamente a preocupação com todas as igrejas (2Co 11.28). Isso é encargo. Mas ele também diz que os irmãos eram uma carta escrita em seu coração, conhecida e lida por todos os homens (2Co 3.2). Isso é cuidado de amor.
6. O Urim e o Tumim – a sintonia do Espírito
O Urim e o Tumim eram duas pedras especiais através das qual Deus falava os sacerdotes. Ninguém sabe como era isso, mas muitos estudiosos acreditavam que elas emitiam algum tipo de brilho especial que dava ao sacerdote o entendimento que Deus estava falando. Deus hoje também fala com os seus sacerdotes por meio do espírito.
Como líderes, precisamos ter uma percepção em nosso coração da direção do Espírito em nossa célula. Deus fala de muitas formas, mas a maneira mais simples é por meio de Sua paz. Deus nos diz sim ou não, dando-nos ou tirando-nos a paz. Se sentirmos paz, fazemos; se não sentimos, não fazemos: “Seja a paz de Cristo o arbitro nos corações” (Cl 3.15).
A segunda maneira é mais profunda: é nos enchendo com a Palavra de Deus. Se desejamos conhecer mais de Sua vontade, devemos nos encher com a palavra de Deus. No verso seguinte lemos: “Habite ricamente em vós a Palavra de Cristo” (Cl 3.16). Quando a palavra de Deus habita ricamente em nos, nossa mente se torna a mente de Cristo e somos capazes de avaliar as circunstancias baseadas na palavra de Deus em nosso coração.
Há muitas coisas que dão reconhecimento a um líder, mas nada é maior do que revelar a vontade de Deus aos irmãos. Quando alguém fala a vontade de Deus todos se calam.
7. A mitra – a autoridade.
Por um lado a mitra indicava que o sacerdote era alguém investido de autoridade, pois simboliza uma coroa. Todavia, na frente da mitra havia uma lamina de ouro que continha a seguinte inscrição: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36), mostrando que o sacerdote era alguém separado para Deus.
Sem duvida nenhuma, uma vida de santidade é à base da autoridade de todo líder. Onde não há santidade, as pessoas nem param para ouvir. Santidade, porém, não é suficiente, precisamos ainda do próximo ingrediente, a unção.
8. A unção – a capacitação sobrenatural.
Depois disso, Arão, ungido com o óleo da unção, foi consagrado. Essa unção era uma unção de capacitação. Se desejarmos servir a Deus, devemos receber dEle a incumbência e a unção, nos habilitando para desempenharmos a função para a qual Ele está nos chamando. Para mim um ministério especial, exige-se uma unção especial. Todo líder de célula precisa de uma unção especifica para exercer a sua função na célula. Sem a unção nossa obra será sem poder.
“Tu, pois, toma das mais excelentes especiarias: de mirra fluida quinhentos siclos, de cinamomo odoroso a metade, a saber, duzentos e cinqüenta siclos, e de cálamo aromático duzentos e cinqüenta siclos, e de cássia quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveira um him. Disto farás o óleo sagrado para a unção, o perfume composto segundo a arte do perfumista; este será o óleo sagrado da unção.” (Êx 30.23-25)
No texto acima, lemos a respeito dos ingredientes que compunham o óleo da unção. Esses elementos nos mostram hoje a realidade da unção na vida de um líder.
O primeiro elemento era a Mirra. A mirra tinha um aroma doce, mas um gosto amargo. Era usada como uma espécie de anestésico, por isso ofereceram a Jesus misturada com vinho na Cruz. Mas o principal uso da mirra era nos enterros. A mirra foi usada no sepultamento de Jesus (Jo 19.39). De que isso nos fala? Não há unção sem morte (Sl 51. 16,17). Sem a morte do ego e o mortificar da carne, a unção não pode fluir.
O segundo elemento do óleo da unção era o cinamomo. Entre os judeus ele simboliza doçura e simplicidade. Era um ingrediente de aroma doce que era usado para neutralizar o cheiro de coisas mortas. Se, por um lado, só há unção quando há morte do ego, por outro lado, a morte que vem do mundo precisa ser rejeitada. Além disso, se somos complexos e sofisticados, não fluímos na unção, precisamos de simplicidade e doçura.
O terceiro elemento que compunha o óleo era o cálamo. Ele cresce por meio do barro e do lodo. Isso simbolicamente nos mostra seu poder de não contaminar com as coisas ao redor, apontando assim para um caráter santo. Também para que ele libere o seu cheiro, ele precisa ser amassado e moído. Por isso ele simboliza um caráter quebrantado. O quebrantamento libera a unção.
E, por fim, o último elemento era a cássia (não confunda com acácia). Ela somente cresce em elevações acima de dois mil metros. Você precisa subir a montanha para obtê-la. A palavra “cássia” significar separar, purificar. Ela era usada como uma espécie de repelente. Aqui descobrimos o poder da unção para repelir todo o tipo de ação de espíritos malignos nos ares.
UM EXEMPLO DA AÇÃO DO SACERDOTE
No Velho Testamento, havia dois ministérios básicos: o do sacerdote e o do profeta. O sacerdote era aquele que ouvia o homem e ia até Deus levar as suas causas. O profeta era aquele que estava diante de Deus e vinha até os homens para trazer a Sua palavra. A vontade de Deus é que o sacerdote fosse também um porta-voz, mas, como não responderam, o Senhor passou a levantar o profetas. Eles são apenas dois lados de um único ministério no Novo Testamento. No Novo Testamento sacerdotes são profetas.
Deus nos escolheu para sermos sacerdotes. Você não foi escolhido por homens e nem mesmo escolheu a si mesmo. Foi Deus mesmo que lhe separou para esta obra. Por isso, não diga aos homens o quanto você acha difícil ou se sente desqualificado, fale para Aquele que te escolheu. Não é sábio perguntar por que Deus o escolheu, mas é necessário saber para que Ele o separou.
A célula que se multiplica é aquela cuja líder compreendeu seu ministério e seu papel. Aquele que entende seu ministério na Casa de Deis prospera. O líder de célula é um sacerdote, um apascentador.
Como sacerdote e líder de célula, você tem um função dupla: primeiro você é aquele que leva os membros de sua célula, no coração, diante de Deus. Se você não ora pelos membros de sua célula você ainda não compreendeu para que foi escolhido. Você precisa levar cada um deles no coração e interceder por eles diante do Senhor.
Por outro lado, você também é alguém que traz a Palavra de Deus para o Seu povo. Se os membros de sua célula sabem que você os carrega no coração e que você ora por eles cotidianamente, quando você falar a eles da parte de Deus eles vão parar para ouvi-lo. As pessoas respeitam aqueles que as amam. O sacerdote é aquele que ama.
Em 2 Reis, lemos a respeito dos primeiros moradores de Samaria e de como os sacerdotes foram enviados para lá:
“A principio, quando passaram a habitar ali, não temeram o Senhor; então, mandou o Senhor para o meio deles leões, os quais mataram a alguns do povo. Pelo que se disse o rei da Assíria: As gentes que transportastes e fizestes habitar nas cidades de Samaria não sabem a maneira de servir o Deus da terra; por isso, enviou ele leões para o meio delas, os quais matam, porque não sabem como servir o Deus da terra. Então, o rei da Assíria mandou dizer: Levai para lá um dos sacerdotes que de lá trouxestes; que ele vá, e lá habite, e lhes ensine a maneira de servir o Deus da terra. Foi, pois, um dos sacerdotes que haviam levado de Samaria, e habitou em Betel, e lhes ensinava como deviam temer o Senhor.” (2Rs 17.25-28)
Nesse texto, vemos três coisas que o sacerdote propiciou ao povo. No principio, quando começaram a morar ali, aqueles homens não temeram ao Senhor e, em conseqüência disso, Deus permitiu que leões viessem e começassem a matar pessoas no meio deles. Sabemos que o diabo anda em derredor rugindo como um leão procurando alguém a quem posso devorar. Esses leões são símbolos de demônios, de obras malignas que ainda hoje continuam destruindo casas, famílias, devorando o dinheiro, a saúde e as pessoas.
A respeito do diabo sabemos que ele apenas age como leão, mas o verdadeiro leão é o Leão da Tribo de Judá. “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar.” (1Pe 5.8). Em função da opressão desse leão é que o sacerdote foi enviado. Quando o sacerdote chegou, os leões cessaram sua obra.
Você foi chamado como sacerdote, para desfazer as obras do diabo contra as famílias de Terra. Não tenha medo de demônios, mas lance mão da autoridade que o Senhor lhe deu. Não olhe para si mesmo, mas creia na justiça de Cristo Jesus que foi colocada em você. Você recebeu autoridade para pisar serpentes e escorpiões e nada lhe causará dano. Como líder de célula, você é um perigo para o inferno.
Mas você precisa agir em fé, crendo que de fato você tem autoridade e que isso não depende de sua justiça própria, mas doas méritos do Senhor Jesus. O que precisamos é de um exercito de líderes que posso fazer um estrago no inferno nesta cidade. Líderes que sejam ousados para desfazer as obras malignas e mostrar para as pessoas que Deus pode mudar suas histórias. Alguém precisa ser ousado para chegar e dizer que o tempo dos leões nessa geração acabou e que agora é o tempo que do Leão da Tribo de Judá.
A segunda coisa que lemos é que o sacerdote foi enviado para habitar no meio daquele povo que não conhecia a Deus (v.27). É complicado se tornar amigo de pescadores, mas é disso que Jesus foi chamado (Lc 7.34)
O que significa ser amigo de pescadores? A Bíblia nos fala no Salmo primeiro que “bem-aventurado é o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pescadores, e nem se assenta na roda dos escarnecedores”. Esse é o padrão de Deus. Mas isso não significa que não posso ter amizade com os pecadores lá fora. Como sacerdotes, devemos proclamar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz.
Jesus não foi morar no meio dos religiosos em Jerusalém, nem andava com os fariseus santarrões. Ele foi chamado de amigo de pecadores. Jesus foi comer na casa de Zaqueu, que hoje seria como comer na casa de um político corrupto. Aqui que está o equilíbrio. Jesus não foi a casa do pecador para ouvir piada indecente dele, nem para concordar com o pecado e dizer “Tem jeito para você!”. É nesse sentido que devemos ser amigos dos pecadores. Jesus não ouvia e nem aceitava conselho dos ímpios; tão pouco se assentava no meio da roda dos escarnecedores, mas, para os que queriam ouvir de Deus, Ele estava lá disponível.
Não corte sua amizade com pessoas que estão lá fora. Você será canal de Deus para que elas possam conhecer a salvação e a libertação. Por ser amigo de pecadores, você será mal falado, caluniado, poderão até dizer que você é igual a eles. Mas lembre-se, você está lá como enviado de Deus. Evidentemente, precisamos ter bom senso. Jesus nunca foi a um prostíbulo, mas orou com a prostituta. Você não precisa ir a boate pregar para o ímpio, mas pode amar esse ímpio que vai à boate. Você pode amar o boêmio, a prostituta, o homossexual, mas você não precisa freqüentar o meio deles. Mas, ainda assim, você pode ser o próximo, morando ao lado.
Deus mandou o sacerdote habitar no meio daquela terra. Ele não foi enviado para ensinar aquele povo de longe, mas morando junto. Nós recebemos um grande depósito em Deus. Temos uma riqueza muito grande e o Senhor espera que compartilhemos dela. Precisamos pregar para livrar as almas do inferno, mostrar as pessoas que Deus quer livrá-las da condenação. E porque não pregamos mais? Porque a maioria dos crentes já perdeu o contato com o descrente. Não possuem amigos lá fora.
Precisamos ensinar os irmãos a evangelizar desde o começo da vida cristã, pois, com o passar do tempo, muitos perdem esses contatos lá fora.
Como sacerdotes, falamos com Deus a respeito das necessidades dos homens, mas, quando evangelizamos, somos profetas falando aos homens a respeito daquilo que está no coração de Deus.
O terceiro aspecto é que o sacerdote foi enviado para ensinar as pessoas a temerem a Deus (v.28). Estamos aqui para ensinar as pessoas a adorar a Deus, a ministrar diante de Deus, para que entendam a importância de se buscar a face do Senhor.
Um líder de célula sempre terá que ensinar. Você precisa repassar retransmitir aquilo que tem aprendido para os membros de sua célula. Uma dificuldade é que alguns, por causa do ego, temem que as pessoas digam que ele num tem nada para ensinar e que só sabe repetir. Assim, ocorre risco de ensinarem aquilo que não foi determinado pelos pastores. Todo mundo aprende com alguém, por isso, não fique preocupado se vão dizer que tudo que você está dizendo é só porque ouviu de outro. Somente Adão aprendeu direto com Deus. Hoje nós recebemos uns dos outros. O precioso é que, quando você fala algo, mesmo que seja algo que você aprendeu com alguém, esse algo se torna seu quando ministra.

Assuma hoje a sua função sacerdotal, pois você foi separado para isso. Todo líder de célula está aqui porque foi escolhido por Deus para estar diante dEle para O servir, para ser Seu ministro e para queimar incenso (2 Cr 29.11).

Pr.Osmar Cardoso